Osaka

1o dia

Começamos o dia com um ótimo e reforçado café da manhã no hotel e tomamos o metrô até a Bay Area da cidade, onde fica o Aquário de Osaka. Curiosos, fomos ver ali ao lado a estátua da Pequena Sereia, da fábula de Hans Christian Andersen. Presente da Dinamarca como forma de intercâmbio cultural, a escultura é idêntica à que está no Kastellet de Copenhagen (visitamos essa também, detalhes aqui).

Aquário

Mais adiante está a Roda Gigante Tempozan, de 112,5m de altura e capacidade para 480 pessoas. E atravessando a ponte fica o parque temático da Universal Studios no Japão. Não visitamos nem o aquário, nem a roda gigante nem o parque temático porque estávamos mais interessados na parte tradicional da cidade. Mas para quem está viajando com crianças ou tem um dia a mais em Osaka e quer apenas se divertir, sem pensar em templos ou na aquisição de conhecimento, este é o lugar certo.

Roda Gigante

Por isso, entramos no metrô e seguimos direto ao parque do Castelo de Osaka, onde passamos o resto do dia, até o sol se pôr. A construção de 1597, ordenada por Toyotomi Hideyoshi, conhecido como o “Napoleão do Japão”, marca as sangrentas lutas de poder que levaram à fundação da era Edo, em 1603. A principal torre foi reconstruída em 1931 e o museu ao lado do castelo guarda em 10 mil artefatos a rica história do que se passou por lá. No parque e seus jardins é possível avistar gente correndo, pedalando ou fazendo piquenique. E a vista de lá de cima do jardim de Nishinomaru é de tirar o fôlego.

Castelo de Osaka

Vista do Castelo

2o dia

Como amanheceu um céu azul maravilhoso, resolvemos andar num parque à beira do rio, onde fica o Museu da Casa da Moeda, chamado Sakuranomiya. Descemos na estação de metrô mais próxima e iniciamos nossa caminhada desavisada pelo parque.

Sakuranomiya

De repente, uma movimentação logo à frente: um mercado colorido com barraquinhas de comida de rua. Havíamos acabado de tomar um ótimo café da manhã, mas os morangos cobertos com caramelo (tipo maçã do amor) estavam irresistíveis.

Mercado em Sakuranomiya

Notamos que ali as cerejeiras estava bem floridas, no pico de sua floração, e aproveitamos para tirar umas fotos. Até o chão estava coberto de folhas e pétalas de flores.

O chão coberto de pétalas de flores

Andamos mais um pouco e mais uma aglomeração, desta vez de muita gente junta, filas e muitos celulares e máquinas fotográficas nas mãos. Era o dia em que a Casa da Moeda estava lançando novas moedas, e as medalhas em comemoração ao sakura. Sério, a fila das pessoas para comprar as medalhas dava duas voltas no quarteirão. Ao mesmo tempo, outras tantas pessoas se juntavam ao redor das 338 cerejeiras em forma de túnel para fotografá-las. Acabamos descobrindo que era um festival programado, o Túnel da Floração das Cerejeiras (Sakura no Tōrinuke), no dia de pico da floração, e que cada uma das cerejeiras ali era de uma dentre 134 espécies diferentes, com flores em formatos distintos e cores variadas. Um espetáculo sem planejamento! Que sorte grande a nossa!

Túnel da Floração das Cerejeiras (Sakura no Tōrinuke)

Acaba que, todo ano, em meados de abril, o parque à beira do rio, que se estende por 600 metros ao redor da Casa da Moeda, floresce em tons de rosa pastel, enquanto a as cerejeiras florescem. Toda primavera, a Casa da Moeda aponta uma das variedades como a “flor do ano”, que é estampada nas medalhas incluídas nos conjuntos anuais de moedas de prova. As cerejeiras foram originalmente plantadas na década de 1830 pelo clã de samurais Fujido, que era dono da área na época, e mantidas como estavam quando a propriedade foi assumida pelo governo Meiji para ser reformada como sede da Casa da Moeda Nacional. A tradição do túnel remonta a 1883, quando o mestre da Casa da Moeda, Kinsuke Endo, permitiu que o público de Osaka entrasse no local para apreciar as flores. Um festival que acontece, portanto, há 136 anos (em 2019).

A Casa da Moeda, o mercado e suas cerejeiras

Passado o espanto e depois de curtir muito o evento – não compramos as medalhinhas – nos metrosamos para o distrito de Minami. É ali que fica a loja de departamentos Tokyu Hands, uma das mais interessantes lojas de hobbies e geringonças do Japão. Suas ruas são repletas – e digo isso no mais extenso uso da palavra – de letreiros, luminosos ou não, chamando atenção para as lojas em todos os pavimentos de seus edifícios.

Minami

Cruzando a rua Nagahori-dori, entramos na Shinsaibashi-suji shotengai, uma grande galeria comercial coberta que vai terminar na ponte Ebisu-bashi sobre o Canal Dotombori, detentor de uma das vistas mais icônicas de Osaka. Em Dotombori, mais uma galeria comercial com fachadas coloridas e iluminadas.

Vista da Ponte Ebisu-bashi sobre o Canal Dotombori

A área é um ótimo lugar para compras e refeições, são dezenas de lugares para escolher. E se andarmos um pouco pelas ruas do bairro, encontramos mais um templo, de Hozen-Ji, com a estátua coberta de musgo Mizu-kake Fudo.

Templo de Hozen-Ji, com a estátua Mizu-kake Fudo

A área de Shinsaibashi-suji tem também diversos Maid Cafes, onde as funcionárias, vestidas com uniformes escolares ou algum tipo de animê, ficam nas portas com os menus nas mãos convidando os passantes a entrarem e saborearem uma experiência típica, diferente de um café comum. Veja alguns exemplos aqui.

Nosso jantar foi no próprio hotel, porque queríamos uma comida mais internacional, diferente dos lamens e frituras que estávamos comendo todos os dias.

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Crédito das fotos: Fabio Tagnin

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